What's Up?
O que primeiro chama atenção é a voz.
Depois, todos os afetos que a atravessam.
E é junto à voz que tudo se une e realiza o artista Sérgio Pererê.
Artista-hífen-MPB-Charango-Samba-Cavaquinho-Rock-Rebeca-Jongo-Capoeira-Jazz-Guitarra-Tango-Djembé-Blues-
Toda uma gama de percussão
O Congado, o Candomblé.
Hífens que continuam para produzir algo novo
Que não é simplesmente a sombra dos anteriores
Mas um sabor diferente, como um novo tipo de berbere, de jacuba, de maniçoba, de tropeiro ou de todos esses pratos em que a mistura é a sua particularidade.
Seus discos demonstram bem a força dessas misturas
E cada qual um novo prato
Do Labidumba (2008), a voz como percussão; do Serafim (2011), uma versatilidade mais pop; de Viamão (2016), a percussão que perpassa a latino-américa; Cada Um (2018), que realiza a mistura do tradicional e o contemporâneo; Linha de Estrelas (2005) e Famalé (2014), a ancestralidade que marcava já seu trabalho com o Tambolelê.
Ancestralidade que costura sua obra, que conta com outras linhas:
As águas
Os anjos
Os orixás
As estrelas.
Os caminhos e encruzilhadas.
A existência.
É Costura da Vida, Velhos de Coroa, os Guardiões da Memória, Cosme e Damião, a Alma Grande, Vento e Chama, Vendaval, o Riso do Sol, Zé Pereira, o Parto e o Fim da Ira.
Vindo do bairro Glória em Belo Horizonte, Minas Gerais
É Pererê quem determina seus territórios e linhas de fuga
E se junta e compartilha desde sempre – suas mãos com outras mãos
Descobrindo de onde vem – DNA África -
E envolvido, a partir da família, com o que o cerca
E leva à cidade seus afetos políticos como forma de luta
(O transcendente é político)
Seja no carnaval, seja no Movimento Negro (GloriÁfro, Bloco do Pirulito, Bala da Palavra, Dread Locko e tantos outros)
E faz do mundo um palco, onde também virou ator
E onde lança suas palavras, como no livro A Morte de Antônio Preto.
Reunidor de afetos, com impulso transformador
Um existencialismo negritado, desestabilizador do ordinário
Versatilidade sem virtuose desnecessária,
Mãos que escrevem, tocam, dedilham, pulsão e vibram
Comovem, emocionam, enternecem – e afetam.
Uma voz. A voz.
Life & Work
Bio:
Iniciado na música ainda na infância, possui formação autodidata e muito cedo chegou a ter contato com grandes músicos, como o baterista Robertinho Silva e o percussionista Marcos Suzano. Influenciado pelo blues e rock progressivo, mas sem perder as raízes afro-brasileiras, liderou a banda Avone, trabalho no qual exercitou seu talento enquanto compositor. Mais tarde, fez experimentações na área da MPB ao lado dos violonistas Meliandro Gallinari e Rafael Trapiello e da flautista argentina Andréia Cecília Romero. O quarteto formava o Grupo Pedra de Tucum, que interpretava, além de canções próprias, clássicos da MPB.
Atuou como solista no espetáculo "Fogueira do Divino", assinado por Tavinho Moura e Fernando Brant, ao lado de Sérgio Santos, Marina Machado, Claudia Vale, Alda Resende, Mariana Brant, Toninho Marra, Geovanne Sassá e Santonne Lobato, sob a regência do Maestro Nelson Aires.
Desde 1995, junto com Santonne Lobato e Giovanne Sassá forma a banda Tambolelê, com a qual lançou dois discos e já se apresentou nas principais cidades do Brasil e diversos países das Américas e Europa. Da banda, surgiu o Bloco Oficina Tambolelê, que tem sido um dos grandes destaques em Minas Gerais no trabalho sócio-cultural com jovens de periferias.
Ao lado de Wagner Tiso no Rio de Janeiro, em 2002, viveu uma grande realização em sua carreira como cantor ao interpretar as canções para Chico Rei e Santa Efigênia, anteriormente gravadas por Milton Nascimento. Como um dos compositores mais significativo das novas linhagens da MPB, Sérgio Pererê possui os CDs solos e autorais "Linha de Estrelas" (2005), "Labidumba" (2008) e "Alma Grande" (2010). Admirado por diversos artistas do cenário nacional, já teve suas composições gravadas por Ceumar, Regina Souza, Titane, Eliana Printes, Anthônio e Mauricio Tizumba, além de ser cantado por grandes nomes como João Bosco, Milton Nascimento, Chico César, Vander Lee e Fabiana Cozza, sambista paulistana que gravará canções do compositor no seu próximo disco.
No teatro, Pererê ainda foi ator-cantor nos espetáculos "Besouro, Cordão-de-Ouro" e "Bituca - O Vendedor de Sonhos", em homenagem a Milton Nascimento, ambos dirigidos por João das Neves e que excursionaram por diversas capitais do Brasil.
The Recôncavo is an almost invisible center-of-gravity. Circumscribing the Bay of All Saints, this region was landing for more enslaved human beings than any other such throughout all of human history. Not unrelated, it is also birthplace of some of the most physically & spiritually uplifting music ever made. —Sparrow
"Dear Sparrow: I am thrilled to receive your email! Thank you for including me in this wonderful matrix."
—Susan Rogers: Personal recording engineer for Prince, inc. "Purple Rain", "Sign o' the Times", "Around the World in a Day"... Director of the Berklee Music Perception and Cognition Laboratory
I'm Pardal here in Brazil (that's "Sparrow" in English). The deep roots of this project are in Manhattan, where Allen Klein (managed the Beatles and The Rolling Stones) called me about royalties for the estate of Sam Cooke... where Jerry Ragovoy (co-wrote Time is On My Side, sung by the Stones; Piece of My Heart, Janis Joplin of course; and Pata Pata, sung by the great Miriam Makeba) called me looking for unpaid royalties... where I did contract and licensing for Carlinhos Brown's participation on Bahia Black with Wayne Shorter and Herbie Hancock...
...where I rescued unpaid royalties for Aretha Franklin (from Atlantic Records), Barbra Streisand (from CBS Records), Led Zeppelin, Mongo Santamaria, Gilberto Gil, Astrud Gilberto, Airto Moreira, Jim Hall, Wah Wah Watson (Melvin Ragin), Ray Barretto, Philip Glass, Clement "Sir Coxsone" Dodd for his interest in Bob Marley compositions, Cat Stevens/Yusuf Islam and others...
...where I worked with Earl "Speedo" Carroll of the Cadillacs (who went from doo-wopping as a kid on Harlem streetcorners to top of the charts to working as a janitor at P.S. 87 in Manhattan without ever losing what it was that made him special in the first place), and with Jake and Zeke Carey of The Flamingos (I Only Have Eyes for You)... stuff like that.
Yeah this is Bob's first record contract, made with Clement "Sir Coxsone" Dodd of Studio One and co-signed by his aunt because he was under 21. I took it to Black Rock to argue with CBS' lawyers about the royalties they didn't want to pay. They paid.
MATRIX MUSICAL
The Matrix was built below among some of the world's most powerfully moving music, some of it made by people barely known beyond village borders. Or in the case of Sodré, his anthem A MASSA — a paean to Brazil's poor ("our pain is the pain of a timid boy, a calf stepped on...") — having blasted from every radio between the Amazon and Brazil's industrial south, before he was silenced. (that's me left, with David Dye & Kim Junod for U.S. National Public Radio) ... The Matrix started with Sodré, with João do Boi, with Roberto Mendes, with Bule Bule, with Roque Ferreira... music rooted in the sugarcane plantations of Bahia. Hence our logo (a cane cutter).