What's Up?
“Na grande safra de músicos que desembarcou no Rio de Janeiro, principalmente na Lapa, em busca de viver a efervescência que o renovado bairro boêmio abrigou a partir da virada dos anos 1990 para os 2000, surgiu, vindo do Sul do país, um acordeonista ímpar. Alessandro “Bebê” Kramer, ou simplesmente Bebê Kramer, trouxe na bagagem, além do instrumento mais popular por aquelas bandas, uma bagagem musical de fronteira, de diálogo intercultural, e os ritmos regionais. E mais, uma rara capacidade de absorver conhecimentos, de reconhecer beleza no novo. E isso o acompanhou em suas andanças ao lado de músicos como Yamandu Costa, Hermeto Pascoal, Carlos Malta, Toninho Horta, Hamilton de Holanda e outros.”
Por João Pimentel
Life & Work
Bio:
Alessandro Kramer nasceu na cidade de Vacaria, no estado do Rio Grande do Sul, e começou a tocar acordeon ainda muito jovem, inspirado pelo seu pai, Alencar Rodrigues, um acordeonista bastante conhecido na região. Alessandro, hoje mais conhecido como Bebê Kramer, é considerado um dos maiores acordeonistas do Brasil na atualidade e é um dos nomes mais significativos da nova geração de acordeonistas também no exterior. Como compositor, Bebê apresenta uma estética musical inovadora na qual traz a expressão de sua fonte inicial, o Rio Grande do Sul, com a junção de outros sotaques, sempre tendo como característica principal sua forte energia ao tocar.
O começo da sua carreira como músico profissional, aconteceu ainda na adolescência, e ganhou força quando escolheu a cidade de Florianópolis, em Santa Catarina, para ser o palco do seu crescimento musical, vindo a tocar com músicos altamente conceituados, como Guinha Ramires, Alegre Correa, Toninho Horta e Arismar do Espírito Santo. Ainda em Santa Catarina, com outros quatro grandes músicos; Endrigo Bettega, Ronaldo Saggiorato, Guinha Ramires e Mario Conde, Bebê formou a banda chamada Dr. Cipó, com a qual gravou três álbuns que são uma importante referência para músicos e admiradores da música de todo o mundo.
Ao longo da sua carreira, Bebê Kramer já gravou e tocou com grandes artistas da música Brasileira e mundial, tais como: Hermeto Paschoal, Guinga, Arismar do Espírito Santo, Toninho Horta, Moraes Moreira, Paulo Moura, Silvério Pontes, Zé da Velha, Hamilton de Holanda, Marco Pereira, Carlos Malta, Yamandú Costa, bem como os acordeonistas Dominguinhos, Osvaldinho do Acordeon e Renato Borghetti.
Com seu notável conhecimento de harmonia e improvisação, Bebê teve sua primeira base, principalmente na música do seu Estado natal, Rio Grande do Sul, e hoje, toca choro, samba, tango, jazz e todos os outros estilos musicais com grande desenvoltura.
Sua música já o levou em turnês por diversos países do mundo como: França, Espanha, Bélgica, Alemanha, Itália, Suíça, Holanda, Israel, China, Angola, Argentina, Liechtenstein e Áustria. Nesse último, participou por duas vezes do Festival de Acordeon de Viena, sendo considerado pelos críticos como um dos pontos altos do evento.
Em 2008, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde vive desde então, e este é certamente o lugar onde seus horizontes musicais se expandiram, tornando-o um dos mais renomados músicos no cenário da música instrumental Brasileira atualmente.
O álbum “A Casa”, marca o início de sua carreira solo, em 2009, tendo as participações de Guinha Ramires, Guto Wirtti e Hamilton de Holanda, com a produção de Alegre Correa.
Com Guinha Ramires e Alegre Corrêa gravou, na Áustria, o CD “Laçador”, o qual apresentou em diversos países da Europa e surpreendeu público e crítica.
Participou, ao lado de Yamandu Costa, da gravação de um DVD ao vivo, com o qual excursionou pela China e Europa.
Sua parceria com Toninho Ferragutti resultou no CD “Como Manda o Figurino”, com composições de ambos, e repertório variado, lançado em 2011.
Gravou em 2012, o CD “Realejo”, com Gabriel Grossi, trabalho onde desfrutam da intimidade musical que lhes é peculiar.
Do encontro fundamental com o maestro Paulo Moura, que o convidou para ser um de seus “batutas”, nome que o clarinetista emprestou de Pixinguinha, Bebê desenvolveu a ideia de explorar mais o acordeão no contexto da gafieira. Daí surgiu o projeto Gafieira do Bebê, em que o músico arregimenta um time de grandes músicos para executar um repertório de clássicos e de canções que ganham novos arranjos e levadas. O primeiro bailão aconteceu em fevereiro de 2014, no Cordão da Bola Preta, com participação da cantora Áurea Martins. “Eu, como gaúcho e acordeonista, tenho um histórico de bailes vida afora. Quando vim morar no Rio, absorvendo e sendo absorvido por esta cultura rica e diversificada não pude deixar de me influenciar pelo baile de gafieira” – explica Bebê, citando também outras de suas referências, a “menor big band do Mundo”, o trombonista Zé da Velha, e o trompetista Silvério Pontes, com quem toca constantemente. Bebê é acompanhado por craques como o violonista Marco Pereira, pelo contrabaixista Guto Wirtti, pelo baterista Cassius Tepperson, pela percussão de Bebeto e pelos sopros de Zé Bigorna, Everson e Aquiles Moraes.
Acompanhar Bebê Kramer e seu fole em sua viagem atemporal pelos salões de baile é garantia de leveza, alegria e boa música.
Com os músicos Yamandu Costa, Rogerio Caetano e Luis Barcelos, gravou em 2015 o álbum “Tocata à Amizade” - vencedor do Prêmio da Música Brasileira 2016 em duas categorias: Melhor Disco Instrumental e Melhor Grupo.
Sua versatilidade é destacada no CD “Roda Gingante” (2016) com Arismar do Espírito Santo, Gabriel Grossi, Leonardo Amuedo e Thiago Espírito Santo.
“Alessandro Kramer Quarteto”, lançado em 2017, traz as participações de Guto Wirtti, Luis Barcelos e Sergio Valdeos, e apresenta claramente sua identidade musical, mesclando a tradição da música gaúcha com a ousadia que é sempre tão presente na sua musicalidade e foi indicado no ano de 2018 ao Prêmio da Música Brasileira, concorrendo com Hermeto Pascoal e Hamilton de Holanda.
Com Teco Cardoso e Swami Jr, lançou em 2019, o álbum “Dança do Tempo”, que reúne um repertório autoral apresentando uma estética requintada.
Em outubro de 2019, Bebê Kramer lançou o álbum “Vertical” reunindo com participações mais que especiais de grandes nomes da música instrumental brasileira. Kiko Freitas, Paulinho Fagundes, Eduardo Neves, Michel Dorfman, Guto Wirtti, Armando Marçal, Gabriel Vieira e Ernesto Fagundes, criam com Bebê Kramer uma unidade musical perfeita e assinada pela engenharia de gravação, mixagem e produção de Moogie Canazio. Em maio de 2020, foi lançado pelos estúdios Áudio Porto, o documentário “Vertical”, que aborda os bastidores do álbum. A cumplicidade com os músicos convidados é um dos aspectos mostrados neste recorte audiovisual sobre o nascimento da obra de Bebê Kramer, um dos maiores acordeonistas do País.
The Recôncavo is an almost invisible center-of-gravity. Circumscribing the Bay of All Saints, this region was landing for more enslaved human beings than any other such throughout all of human history. Not unrelated, it is also birthplace of some of the most physically & spiritually uplifting music ever made. —Sparrow
"Dear Sparrow: I am thrilled to receive your email! Thank you for including me in this wonderful matrix."
—Susan Rogers: Personal recording engineer for Prince, inc. "Purple Rain", "Sign o' the Times", "Around the World in a Day"... Director of the Berklee Music Perception and Cognition Laboratory
I'm Pardal here in Brazil (that's "Sparrow" in English). The deep roots of this project are in Manhattan, where Allen Klein (managed the Beatles and The Rolling Stones) called me about royalties for the estate of Sam Cooke... where Jerry Ragovoy (co-wrote Time is On My Side, sung by the Stones; Piece of My Heart, Janis Joplin of course; and Pata Pata, sung by the great Miriam Makeba) called me looking for unpaid royalties... where I did contract and licensing for Carlinhos Brown's participation on Bahia Black with Wayne Shorter and Herbie Hancock...
...where I rescued unpaid royalties for Aretha Franklin (from Atlantic Records), Barbra Streisand (from CBS Records), Led Zeppelin, Mongo Santamaria, Gilberto Gil, Astrud Gilberto, Airto Moreira, Jim Hall, Wah Wah Watson (Melvin Ragin), Ray Barretto, Philip Glass, Clement "Sir Coxsone" Dodd for his interest in Bob Marley compositions, Cat Stevens/Yusuf Islam and others...
...where I worked with Earl "Speedo" Carroll of the Cadillacs (who went from doo-wopping as a kid on Harlem streetcorners to top of the charts to working as a janitor at P.S. 87 in Manhattan without ever losing what it was that made him special in the first place), and with Jake and Zeke Carey of The Flamingos (I Only Have Eyes for You)... stuff like that.
Yeah this is Bob's first record contract, made with Clement "Sir Coxsone" Dodd of Studio One and co-signed by his aunt because he was under 21. I took it to Black Rock to argue with CBS' lawyers about the royalties they didn't want to pay. They paid.
MATRIX MUSICAL
The Matrix was built below among some of the world's most powerfully moving music, some of it made by people barely known beyond village borders. Or in the case of Sodré, his anthem A MASSA — a paean to Brazil's poor ("our pain is the pain of a timid boy, a calf stepped on...") — having blasted from every radio between the Amazon and Brazil's industrial south, before he was silenced. (that's me left, with David Dye & Kim Junod for U.S. National Public Radio) ... The Matrix started with Sodré, with João do Boi, with Roberto Mendes, with Bule Bule, with Roque Ferreira... music rooted in the sugarcane plantations of Bahia. Hence our logo (a cane cutter).