Bio:
Henrique Cazes (Henrique Leal Cazes, Rio de Janeiro, 02/02/1959)
Nascido em uma família de músicos amadores do subúrbio carioca do Méier, começou a tocar violão com seis anos de idade e gradativamente foi incorporando o cavaquinho, o bandolim, o violão tenor, o banjo, a viola caipira e finalmente a guitarra elétrica, sempre como autodidata.
Estreou profissionalmente em 1976 com o Conjunto Coisas Nossas, que realizou ampla pesquisa sobre a música brasileira dos anos 1920 e 30. Em 1980 passou a integrar a Camerata Carioca, onde trabalhou em contato direto com Joel Nascimento e o maestro Radamés Gnattali, duas influências decisivas.
Iniciou sua carreira de solista de cavaquinho em 1988, com o duplo lançamento do LP "Henrique Cazes" e do método "Escola Moderna do Cavaquinho", que se tornou o mais utilizado livro didático do instrumento. Lançou outros discos marcantes como "Tocando Waldir Azevedo" de 1990, "Desde que o Choro é Choro" de 1995, "Relendo Waldir Azevedo" de 1998, e "Uma história do cavaquinho brasileiro" de 2012. Em duo com o violonista Marcello Gonçalves produziu "Pixinguinha de Bolso" em 2000 e "Vamos acabar com o baile" em 2007, este último abordando a obra de Garoto.
Publicou em 1998 o livro "Choro, do Quintal ao Municipal", que resume a história de 150 anos de Choro. É autor de outros livros como "Suíte Gargalhadas" de 2002 e "Monarco, voz e memória do samba" de 2003, além das pequenas biografias de Chiquinha Gonzaga, Jacob do Bandolim e Waldir Azevedo, elaboradas para a coleção "Raízes da MPB" em 2010.
Dedicou-se a projetos de ampliação das fronteiras do choro como "Bach in Brazil", a série de 4 CDs "Beatles’n’Choro" e "EletroPixinguinha XXI".
Lançou em 2019 a coleção "Música Nova para Cavaquinho", composta de livro de partituras, CD e 12 clips para a internet com os "12 Estudos para Cavaquinho Solo".
Em 2011 obteve o título de Mestre e em 2019 concluiu o Doutorado em Música, ambos pela Escola de Música da UFRJ, na qual é professor desde 2013 e onde participou da implantação do Bacharelado em cavaquinho.
Apontado como referência do cavaquinho de solo e um dos mais ativos músicos
de Choro da atualidade, Cazes tem desenvolvido paralelamente uma premiada carreira de produtor de discos, além de compor trilhas para cinema e televisão.
Estudando Pixinguinha:
Realizada em paralelo ao show "Pixinguinha, as Cinco Estações", a oficina percorre a trajetória de Pixinguinha desde a infância até se tornar o maestro pioneiro da música brasileira. Os exemplos musicais das diferentes fases são praticados e é dada especial atenção às diferenças rítmicas entre polca, maxixe, choro e samba.
Duração: 2h
O cavaquinho brasileiro:
A oficina une um breve resumo histórico do desenvolvimento do cavaquinho no Brasil aos fundamentos técnicos do método Escola Moderna do Cavaquinho. São abordadas as áreas de solo e acompanhamento, adaptando
a prática ao nível dos participantes, desde iniciantes até profissionais.
Duração: 2h
Estudando Waldir Azevedo:
A oficina parte da coleção de gravações "100 X Waldir", produzida por Henrique Cazes e que é disponibilizada antecipadamente para os participantes. A partir de exemplos da coleção,o estilo de Waldir Azevedo é detalhado e reproduzido ao cavaquinho.
Duração: 2h
TALKS
A polca, a síncope e a música popular das Américas:
Apresentada pela primeira vez no BRASA XII (BrazilianStudiesAssociation) em Londres em 2014, a palestra aborda o nascimento da música popular urbana nas Américas no século XIX, especialmente o caso brasileiro, que desembocou na música dos chorões e no maxixe. Pode ter exemplos musicais tocados ao vivo.
Duração: 1h30min
Improviso e fluência: o que falta aprender com Pixinguinha:
Partindo da experiência de Pixinguinha, exemplificada por gravações de discos e programas de rádio, Cazes demonstra como o gênio do Choro usou o improviso na construção de sua fluência e não para exibição de técnica. A partir dessa demonstração, abre-se um debate para classificar diferentes performances contemporâneas como fluentes ou disciplinadas.
Duração: 1h30min
Organizando a batucada:
As particularidades musicais do samba, tanto nas questões rítmicas quanto nos campos melódico e harmônico, são detalhadas em uma conversa ilustrada com gravações históricas. Uma atenção especial é dada às relações entre o samba e a indústria cultural.
Duração: 1h15min
The Recôncavo is an almost invisible center-of-gravity. Circumscribing the Bay of All Saints, this region was landing for more enslaved human beings than any other such throughout all of human history. Not unrelated, it is also birthplace of some of the most physically & spiritually uplifting music ever made. —Sparrow
"Dear Sparrow: I am thrilled to receive your email! Thank you for including me in this wonderful matrix."
—Susan Rogers: Personal recording engineer for Prince, inc. "Purple Rain", "Sign o' the Times", "Around the World in a Day"... Director of the Berklee Music Perception and Cognition Laboratory
I'm Pardal here in Brazil (that's "Sparrow" in English). The deep roots of this project are in Manhattan, where Allen Klein (managed the Beatles and The Rolling Stones) called me about royalties for the estate of Sam Cooke... where Jerry Ragovoy (co-wrote Time is On My Side, sung by the Stones; Piece of My Heart, Janis Joplin of course; and Pata Pata, sung by the great Miriam Makeba) called me looking for unpaid royalties... where I did contract and licensing for Carlinhos Brown's participation on Bahia Black with Wayne Shorter and Herbie Hancock...
...where I rescued unpaid royalties for Aretha Franklin (from Atlantic Records), Barbra Streisand (from CBS Records), Led Zeppelin, Mongo Santamaria, Gilberto Gil, Astrud Gilberto, Airto Moreira, Jim Hall, Wah Wah Watson (Melvin Ragin), Ray Barretto, Philip Glass, Clement "Sir Coxsone" Dodd for his interest in Bob Marley compositions, Cat Stevens/Yusuf Islam and others...
...where I worked with Earl "Speedo" Carroll of the Cadillacs (who went from doo-wopping as a kid on Harlem streetcorners to top of the charts to working as a janitor at P.S. 87 in Manhattan without ever losing what it was that made him special in the first place), and with Jake and Zeke Carey of The Flamingos (I Only Have Eyes for You)... stuff like that.
Yeah this is Bob's first record contract, made with Clement "Sir Coxsone" Dodd of Studio One and co-signed by his aunt because he was under 21. I took it to Black Rock to argue with CBS' lawyers about the royalties they didn't want to pay. They paid.
MATRIX MUSICAL
The Matrix was built below among some of the world's most powerfully moving music, some of it made by people barely known beyond village borders. Or in the case of Sodré, his anthem A MASSA — a paean to Brazil's poor ("our pain is the pain of a timid boy, a calf stepped on...") — having blasted from every radio between the Amazon and Brazil's industrial south, before he was silenced. (that's me left, with David Dye & Kim Junod for U.S. National Public Radio) ... The Matrix started with Sodré, with João do Boi, with Roberto Mendes, with Bule Bule, with Roque Ferreira... music rooted in the sugarcane plantations of Bahia. Hence our logo (a cane cutter).