Carlinhos Brown
This Brazilian cultural matrix positions Carlinhos Brown globally... Curation
CURATION
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by Matrix
The Integrated Global Creative Economy
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Name:
Carlinhos Brown
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City/Place:
Salvador, Bahia
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Country:
Brazil
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What's Up?
Primeiro músico brasileiro a fazer parte da Academia do Oscar e a receber os títulos de Embaixador Ibero-Americano para a Cultura e Embaixador da Justiça Restaurativa da Bahia, cantor, compositor, arranjador, multi-instrumentista, técnico do The Voice Brasil, do The Voice Kids e artista visual, o esteta intuitivo e gestual Carlinhos Brown, construiu uma trajetória consagrada por sua atuação musical, social e percussiva, e pela exuberância das suas performances.
Life & Work
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Bio:
Nascido Antônio Carlos Santos de Freitas, em 1962, na comunidade do Candeal Pequeno de Brotas, um quilombo de resistência africana cravado no coração da cidade de Salvador, na Bahia, Carlinhos Brown promoveu, ao longo de sua carreira, diversas revitalizações rítmicas, desenvolvendo ricas e significativas conexões com suas raízes ancestrais.
Reconhecidamente um dos artistas mais criativos e inovadores da cultura brasileira, o músico vive continuamente em busca de novas experimentações sonoras. Ainda na juventude, se tornaria responsável por boa parte das revoluções musicais da sua época. Desde então, participou diretamente dos primeiros arranjos que originaram o Axé Music e o Samba Reggae, compondo a partir daí centenas de sucessos, contabilizando mais de 800 canções registradas e mais de mil gravações cadastradas no banco de dados do Ecad.
No mesmo Candeal Pequeno de Brotas onde nasceu, criou conteúdos artísticos revigorantes para a cena da música pop brasileira que reverberam mundo afora, a exemplo da Timbalada, movimento percussivo vivo, potencializador de talentos, que nasceu no início dos anos 90 e segue em constante transformação sob a luz do Mestre Brown. O grupo musical reinventou as sonoridades do timbau, e a partir dele foram criados também novos instrumentos, como a Bacurinha, Surdos-Virados e Rubber Nose.
Ao longo de sua carreira, Carlinhos Brown tornou-se um dos artistas mais reconhecidos no universo da música baiana, e um representante da música brasileira na esfera mundial, mas sempre manteve os vínculos com o seu lugar de origem.
Quando começou a carreira, o Candeal era um local repleto de vegetação e isolado da cidade. Foi ali que, depois de consolidar a vida na música, desenvolveu projetos sociais que transformaram o bairro, e atenderam também outras crianças e jovens de outras comunidades de Salvador. Suas principais inspirações sempre foram os ensinamentos dos mais velhos, e as sonoridades e oralidades do Candomblé.
No Candeal, Carlinhos implantou inicialmente o projeto “Tá Rebocado”, de urbanização e saneamento do bairro, que recebeu, em 2002, o Certificado de Melhores Práticas do Programa de Assentamentos Humanos das Nações Unidas/UN-Habitat. Em 1994, Brown fundou, também no seu bairro de origem, a Associação Pracatum Ação Social, que beneficia milhares de meninas e meninos carentes da Bahia através da música, oferecendo, ainda, cursos de idiomas, moda, reciclagem, oficinas e escolas. Os projetos têm como parceiros diversas entidades importantes, como os Ministérios da Educação e do Trabalho, e a UNESCO.
Carlinhos também é responsável pela criação do Programa de Pertencimento Ambiental, que por meio de cartilhas educacionais infantis aborda o tema da Educação Ambiental, reconectando o vínculo sentimental do ser humano à natureza – o único no país com esta temática voltado para crianças de 4 e 5 anos. Dentro desse contexto social e educacional tão presente em sua trajetória pessoal e artística, Carlinhos funda em 2018, a Candyall Educativo para envolver-se com mais profundidade nos temas relativos à educação.
Entre os diversos prêmios recebidos em toda carreira, destacam-se um Prêmio Goya, 2 Grammy’s Latinos e 08 indicações, além do troféu entregue em reconhecimento à sua atuação como arte-educador pela ISME – Sociedade Internacional de Educação Musical. Em 2018, foi o primeiro músico intitulado Embaixador Ibero-Americano para a Cultura. Em 2019, recebeu as boas vindas como Embaixador em Montevidéu, em visita ao programa IberCultura Viva. Em 2020, em reconhecimento a toda sua atuação socioeducacional, recebeu o título de Embaixador da Justiça Restaurativa da Bahia.
Tudo começou com o movimento musical de vanguarda Vai Quem Vem, que funcionou como um laboratório na criação de sons e de novos instrumentos, deixando um legado de mais de 30 ritmos. Do movimento, surgiu os Zárabes, grupo formado por 250 percussionistas que participavam de festas populares como a Lavagem do Bonfim e o 2 de Fevereiro. Os Zárabes faziam uma homenagem à cultura muçulmana, existente nas composições étnicas e culturais da África árabe.
Na Bahia, Carlinhos Brown também foi o primeiro artista a testar um modelo completamente novo, formando uma experiência tripartite de produção para a distribuição das suas músicas: com foco na revitalização rítmica, Carlinhos Brown criou a escola de formação para músicos no Candeal, estúdio para gravação e os espaços culturais Candyall Guetho Square e Museu du Ritmo.
O baiano também compôs uma canção que revolucionou a forma de produção musical e proporcionou uma nova visão sobre a música brasileira. Magalenha (1992) foi gravada pela primeira vez pelo músico brasileiro Sérgio Mendes, com participação de Brown, para o álbum Brasileiro, de 1992. A canção faz parte da trilha sonora do filme Dance With Me (1998).
Cantoras como Elba Ramalho (1993) e Claudia Leitte (2012) regravaram a música, que até hoje segue sendo remixada por DJs do mundo inteiro, ganhando, recentemente, novas versões do próprio Carlinhos e também da cantora Gloria Estefan.
Até a banda de heavy metal Sepultura se interessou pela sonoridade feita pelo músico. O resultado seria o disco Roots (1996), no qual Brown colaborou na produção, nos vocais e ritmização. Até hoje, o disco é considerado um divisor de águas no heavy metal mundial e inspirou bandas como o Slipknot.
O Carnaval de Salvador permaneceu um dos palcos de seus projetos vanguardistas. Na festa, sua participação passa pela formação com os blocos, enquanto músico, e na sequência, como liderança no espaço dado à percussão, até a criação de conteúdos artísticos inovadores, como os Ensaios da Timbalada (Candeal e Fonte do Boi); Trio Mr. Brown (primeiro trio construído em alumínio), iniciando o circuito de atrações nacionais no Carnaval de Salvador.
Outros destaques são o Arrastão da Timbalada, Zárabe, Caetanave, o Apaxes, o icônico trio Saborosa (1974) – o primeiro em formato de garrafa, hoje chamado de Garrafão –, e o Camarote Andante, que nasceu em 2003, da ideia de convidar o público dos camarotes a descer para a rua e se integrar com o folião pipoca, reinventando assim o modelo de coreto andante e trazendo, para o trio, novas formas de sonorização.
No Carnaval de 2014, quando completou 35 anos de carreira sobre os trios elétricos do Carnaval de Salvador, mostrou o entusiasmo de sempre e o poder de realização que o tornou um dos artistas brasileiros mais prestigiados em todo o mundo, com o desenvolvimento do projeto “Afródromo Revitaliza”.
A percussão tem um papel fundamental na vida, na trajetória artística e na projeção internacional de Carlinhos Brown e, até hoje, possui um lugar especial no mosaico de aptidões do artista. A vida como músico profissional começou há mais de 40 anos. No ano de 1979, Brown passou a acompanhar Seu Osvaldo Alves da Silva, conhecido como Mestre Pintado do Bongô – líder da percussão do movimento dos chamados Sambões, que reuniam músicos em barracas de festa de largo. Aos 17 anos, Carlinhos tocou com artistas como Batatinha, Mirian Batucada, Firmino de Itapoan, Claudete Macêdo e com a Banda Torna Sol, grupo cover da Banda Beatles.
Nos anos 80, já com a experiência dos Sambões, o artista passou a integrar a bateria dos Apaxes do Tororó, criado em 1970, bloco de inspiração indígena mais antigo do Carnaval de Salvador (foi Brown quem sugeriu, inclusive, a mudança na grafia do nome de “Apaches”, para “Apaxes”, no ano de 1993). Nesta mesma década de 80, foi também compositor e percussionista do bloco-afro Zimbabwe e em 1981 foi convidado pelo guitarrista Arnaldinho para integrar a Mar Revolto, banda baiana de Pop-Rock.
No Carnaval daquele mesmo ano, ao lado de Vicente dos Santos, levou para um trio elétrico, pela primeira vez, timbales de lata, o bongô – do seu Mestre Pintado -, atabaques e outros instrumentos até então nunca utilizados por músicos de trios elétricos. Com isso, deu o passo inicial da mudança da cena percussiva dos trios.
Um ano depois, foi convidado para integrar os estúdios WR, onde aprendeu técnicas de gravação e produção com Wesley Rangel, um dos mais importantes produtores musicais da Bahia, e gravou e compôs sucessos do Axé Music como “Cadê meu coco” (1986), primeiro sucesso de Sarajane, e “Yayá Maravilha”, gravada por Virgílio, considerado por Carlinhos como dono de um timbre de voz que definiu o estilo de canto do Samba Reggae.
Naquele mesmo estúdio, Carlinhos passou a compor, em 1984, a ontológica banda Acordes Verdes, liderada por Luiz Caldas, e que viria a desencadear o nascimento do Axé Music. Compôs, com Jefferson Robson e Luiz Caldas, no mesmo ano, “Visão de Cíclope”, sua primeira música a ser gravada por Luiz Caldas, e primeiro sucesso dele nas rádios baianas – sendo esta então uma das primeiras experiências do samba-reggae.
Antes, entre 1982 e 1985, Brown acompanhou Paulinho Boca de Cantor (em experiência solo fora dos Novos Baianos), Lui Muritiba e Chico Evangelista, além de integrar a revolucionária turma do Vagão, junto a Klaus Rupert, Gini Zambelli, Tony Mola e Ivan Huol. Enquanto participava da consolidação do Axé Music, e sempre na vanguarda, Carlinhos Brown mantinha seus estudos rítmicos e criava letras e melodias inovadoras.
Em 1986, a música “Armando Eu Vou”, composta em parceria com Ricardo Luedi, tornou-se a primeira canção do movimento do Axé Music tocada numa novela, a Cambalacho, da TV Globo, gravada na voz de Cida Moreira. Nesse mesmo ano, Brown bateu um recorde: ganhou o Troféu Caymmi por ter, naquele momento, 26 sucessos tocados nas rádios. Além disso, compôs a música “É Difícil” (1987), gravada pela banda Chiclete com Banana, e que representou um momento de transformação para o uso da percussão lateral do trio.
Carlinhos Brown passou então a integrar a banda de Caetano Veloso como percussionista, durante as turnês “Caetano” (1987) e “Estrangeiro” (1989). Na voz do artista santamarense, teve um dos primeiros grandes sucessos de sua projeção nacional, a composição “Meia Lua Inteira”, e essa parceria consolidou-se como um importante divisor de águas em sua carreira artística.
Somente em 1996 Carlinhos Brown lançou-se em carreira solo, com o CD Alfagamabetizado (Virgin/EMI-Odeon), que deu partida a uma nova fase como cantor, além de compositor e instrumentista. Hoje, esse mestre criativo é um dos mais respeitados músicos brasileiros, com dezenas de álbuns lançados.
Com mais de 800 canções criadas, e inúmeras inéditas, destaca-se pela quantidade de composições de sua autoria que fizeram sucesso também na voz de grandes outros artistas, a exemplo das canções “Muito obrigada, axé” (gravada por Ivete Sangalo e Maria Bethânia, em 2009), “Selva Branca” (com Vevé Calazans, gravada pelo Chiclete com Banana, em 1988), e E.C.T (gravada por Cássia Eller, em 1994), parceria com Nando Reis e Marisa Monte.
Também fizeram sucesso com músicas de Brown a banda Paralamas do Sucesso, com “Uma brasileira” (1995), Erasmo Carlos, com “Mais um na multidão” (composta por Brown, Erasmo e Marisa Monte, em 2016), Elba Ramalho, com “Remexer” (composta com Luiz Caldas, em 1986) e Daniela Mercury, com “Rapunzel” (1996), e “Maimbê Dandá” (composta por Brown e Mateus Aleluia, em 2004).
Em 2020, ano em que Carlinhos Brown virou até tese de doutorado na Espanha, com sua arte ativista defendida pela artista plástica Durce Coelho, o mestre criativo manteve intensa sua produção, e entre tantas outras conquistas, assinou a Trilha Musical do novo espetáculo da talentosa Deborah Colker, intitulado “Cura”, com estreia prevista para 2021.
Depois de participar de turnês com Caetano Veloso, nos discos Caetano (1987) e Estrangeiro (1989), Carlinhos Brown deu os primeiros passos na carreira internacional. Desde os tempos da Timbalada, é figura constante em shows e turnês pela Europa. Em 1992, gravou com os músicos de jazz Wayne Shorter, Herbie Hancock, Bernie Worrell e Henry Threadgill o disco Bahia Black, ainda composto pelo Olodum. Em temporada em Nova York, Brown tocou com Marcus Miller, Bob James, Anthony Jackson, Lee Ritenour e Bill Laswell. Também compôs músicas para artistas cubanos, como Omara Portuondo, para a francesa Vanessa Paradis e para a cantora africana beninense Angélique Kidjo.
Desde sua carreira solo, e das turnês da Timbalada Carlinhos costuma fazer turnês anuais pela Europa. Entre os momentos mais expressivos de sua repercussão internacional, destacam-se os anos de 2004 e 2005, quando realizou carnavais com seu trio elétrico pelas ruas de cidades da Espanha e reuniu, em Madri, um milhão e meio de pessoas. Em 2005, levou o camarote andante para Barcelona, reunindo um público de 600 mil pessoas. No ano seguinte, foi convidado para percorrer seis cidades da Espanha, como Bilbao, Valencia e Barcelona, junto de personalidades como Rafael Nadal e Fernando Alonso, para lançar o Carnaval Movistar.
Em 2008, Brown participou do primeiro carnaval das Ilhas Canárias e da primeira edição do Rock in Rio, em Madri. O sucesso na Espanha é tamanho, que o artista recebeu o título, no país, de “Rei da Espanha”, e o cineasta Fernando Trueba fez o documentário chamado “El Milagro del Candeal”, que mostra os trabalhos do artista com a comunidade do Candeal. A produção ganhou o Prêmio Goya, o mais importante do cinema espanhol, e a relação de Carlinhos com a Espanha, fortaleceu ainda mais os laços do país com o Brasil.
Em 2014, Carlinhos Brown gravou, com Shakira, a música “La La La – Brazil 2014”, sucesso na Copa do Mundo de 2014. Hoje, o artista é considerado um dos artistas brasileiros mais populares do mundo, especialmente na Espanha, França, Itália e Alemanha.
Quinze anos depois de reunir com Marisa Monte e Arnaldo Antunes na criação e lançamento do disco “Tribalistas” (2002), criando com o grupo um novo movimento vanguardista musical, Carlinhos Brown se reuniu novamente com os dois amigos e parceiros musicais para lançar o segundo álbum homônimo, em 2017. No ano seguinte, o trio embarcou na sua primeira turnê, a Tribalistas Tour, reunindo milhares de fãs pelo Brasil, Europa e Estados Unidos.
Por meio do cinema, Brown também levou sua sonoridade para o mundo. Em 2011, o artista co-assinou a trilha sonora da animação infantil “Rio”, da Fox Filmes, em parceria com Sérgio Mendes, Mikael Mutti, John Powell e Siedah Garrett, e chegou a ser indicado ao Oscar de Melhor Canção Original com a canção “Real in Rio”. O filme do diretor brasileiro Carlos Saldanha teve também sua segunda edição, “Rio 2” (2014), que contou com mais seis composições de Carlinhos Brown.
Outros longas-metragens nacionais e internacionais também contaram com músicas compostas por Brown, como “Salsa” (1988), “Navalha na Carne” (1997), “Dance With Me” (1998), “Xuxa e os Duendes” (2001), “Velozes e Furiosos 2” (2002), “O Casamento de Louise” (2002), “Dona Flor e Seus Dois Maridos” (2003), “O Casamento de Romeu e Julieta” (2005), “Ó Paí, Ó” (2007), “Capitães de Areia” (2011), “Pulse – A Stomp Odyssey” (2002). Também estão nessa lista “Cidade Baixa” (2005), e a série Sex and The city (1998-2004), com a música Aganju (2003), gravada por Bebel Gilberto. Também é de Carlinhos, em parceria com o filho Chico Brown, a música “As Aventuras do Diário de Pilar”, canção de abertura da série Diário de Pilar, lançada em fevereiro de 2020, na Nat Geo Kids. Em 2018, o músico se tornou membro da The Academy (Oscar).
A música e as artes visuais sempre dialogaram na vida Carlinhos Brown, e desde 2003 o artista vem intensificando sua experiência com as tintas e os pincéis. O artista já expôs suas pinturas no foyer do Teatro Castro Alves (TCA) e no foyer do Jornal A Tarde, ambos em Salvador.
Sua primeira exposição oficial, “O Olhar Que Ouve”, foi apresentada na Caixa Cultural de Brasília e também no Palácio do Planalto. Em 2019, fez sua primeira exposição de pinturas fora do Brasil, “La Mirada que Escucha”, no renomado Espacio Fundación Telefónica, em Madri, na Espanha.
Suas obras também compuseram ambientes em edições da Casa Cor São Paulo, Casa Cor Bahia e Casa Cor Rio.
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There are certain countries, the names of which fire the popular imagination. Brazil is one of them; an amalgam of primitive and sophisticated, jungle and elegance, luscious jazz harmonics — there’s no other place like it in the world. And while Rio de Janeiro, or its fame anyway, tends toward the sophisticated end of the spectrum, Bahia bends toward the atavistic…
It’s like a trick of the mind’s light (I suppose), but standing on beach or escarpment in Salvador and looking out across the Baía de Todos os Santos to the great Recôncavo, and mindful of what happened there (and here; the Bahian Recôncavo was final port-of-call for more enslaved human beings than any other place throughout the entirety of mankind’s existence on this planet, and in the past it extended into what is now urban Salvador), one must be led to the inevitable conclusion that one is in a place unique to history, and to the present:
Brazil absorbed over ten times the number of enslaved Africans taken to the United States of America, and is a repository of African deities (and their music) now largely forgotten in their lands of origin.
Brazil was a refuge (of sorts) for Sephardim fleeing an Inquisition which followed them across the Atlantic (that unofficial symbol of Brazil’s national music — the pandeiro — was almost certainly brought to Brazil by these people).
Across the parched savannas of the interior of Brazil’s culturally fecund nordeste/northeast (where wizard Hermeto Pascoal was born in Lagoa da Canoa — Lagoon of the Canoe — and raised in Olho d’Águia — Eye of the Eagle), much of Brazil’s aboriginal population was absorbed into a caboclo/quilombola culture punctuated by the Star of David.
Three cultures — from three continents — running for their lives, their confluence forming an unprecedented fourth. Pandeirista on the roof.
That's where this Matrix begins:
Wolfram MathWorld
The idea is simple, powerful, and egalitarian: To propagate for them, the Matrix must propagate for all. Most in the world are within six degrees of us. The concept of a "small world" network (see Wolfram above) applies here, placing artists from the Recôncavo and the sertão, from Salvador... from Brooklyn, Berlin and Mombassa... musicians, writers, filmmakers... clicks (recommendations) away from their peers all over the planet.
This Integrated Global Creative Economy (we invented the concept) uncoils from Brazil's sprawling Indigenous, African, Sephardic and then Ashkenazic, Arabic, European, Asian cultural matrix... expanding like the canopy of a rainforest tree rooted in Bahia, branches spreading to embrace the entire world...
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Great culture is great power.
And in a small world great things are possible.
Alicia Svigals
"Thanks, this is a brilliant idea!!"
—Alicia Svigals (NEW YORK CITY): Apotheosis of klezmer violinists
"Dear Sparrow: I am thrilled to receive your email! Thank you for including me in this wonderful matrix."
—Susan Rogers (BOSTON): Director of the Berklee Music Perception and Cognition Laboratory ... Former personal recording engineer for Prince; "Purple Rain", "Sign o' the Times", "Around the World in a Day"
"Dear Sparrow, Many thanks for this – I am touched!"
—Julian Lloyd Webber (LONDON): Premier cellist in UK; brother of Andrew (Evita, Jesus Christ Superstar, Cats, Phantom of the Opera...)
"This is super impressive work ! Congratulations ! Thanks for including me :)))"
—Clarice Assad (RIO DE JANEIRO/CHICAGO): Pianist and composer with works performed by Yo Yo Ma and orchestras around the world
"We appreciate you including Kamasi in the matrix, Sparrow."
—Banch Abegaze (LOS ANGELES): manager, Kamasi Washington
"Thanks! It looks great!....I didn't write 'Cantaloupe Island' though...Herbie Hancock did! Great Page though, well done! best, Randy"
"Very nice! Thank you for this. Warmest regards and wishing much success for the project! Matt"
—Son of Jimmy Garrison (bass for John Coltrane, Bill Evans...); plays with Herbie Hancock and other greats...
I opened the shop in Salvador, Bahia in 2005 in order to create an outlet to the wider world for magnificent Brazilian musicians.
David Dye & Kim Junod for NPR found us (above), and Kareem Abdul-Jabbar (he's a huge jazz fan), David Byrne, Oscar Castro-Neves... Spike Lee walked past the place while I was sitting on the stoop across the street drinking beer and listening to samba from the speaker in the window...
But we weren't exactly easy for the world-at-large to get to. So in order to extend the place's ethos I transformed the site associated with it into a network wherein Brazilian musicians I knew would recommend other Brazilian musicians, who would recommend others...
And as I anticipated, the chalky hand of God-as-mathematician intervened: In human society — per the small-world phenomenon — most of the billions of us on earth are within some 6 or fewer degrees of each other. Likewise, within a network of interlinked artists as I've described above, most of these artists will in the same manner be at most a handful of steps away from each other.
So then, all that's necessary to put the Brazilians within possible purview of the wide wide world is to include them among a wide wide range of artists around that world.
If, for example, Quincy Jones is inside the matrix, then anybody on his page — whether they be accessing from a campus in L.A., a pub in Dublin, a shebeen in Cape Town, a tent in Mongolia — will be close, transitable steps away from Raymundo Sodré, even if they know nothing of Brazil and are unaware that Sodré sings/dances upon this planet. Sodré, having been knocked from the perch of fame and ground into anonymity by Brazil's dictatorship, has now the alternative of access to the world-at-large via recourse to the vast potential of network theory.
...to the degree that other artists et al — writers, researchers, filmmakers, painters, choreographers...everywhere — do also. Artificial intelligence not required. Real intelligence, yes.
Years ago in NYC (I've lived here in Brazil for 32 years now) I "rescued" unpaid royalties (performance & mechanical) for artists/composers including Barbra Streisand, Aretha Franklin, Mongo Santamaria, Jim Hall, Clement "Coxsone" Dodd (for his rights in Bob Marley compositions; Clement was Bob's first producer), Led Zeppelin, Ray Barretto, Philip Glass and many others. Aretha called me out of the blue vis-à-vis money owed by Atlantic Records. Allen Klein (managed The Beatles, The Rolling Stones, Ray Charles) called about money due the estate of Sam Cooke. Jerry Ragovoy (Time Is On My Side, Piece of My Heart) called just to see if he had any unpaid money floating around out there (the royalty world was a shark-filled jungle, to mangle metaphors, and I doubt it's changed).
But the pertinent client (and friend) in the present context is Earl "Speedo" Carroll, of The Cadillacs. Earl went from doo-wopping on Harlem streetcorners to chart-topping success to working as a custodian at PS 87 elementary school on the west side of Manhattan. Through all of this he never lost what made him great.
Greatness and fame are too often conflated. The former should be accessible independently of the latter.
Yeah this is Bob's first record contract, made with Clement "Sir Coxsone" Dodd of Studio One and co-signed by his aunt because he was under 21. I took it to Black Rock to argue with CBS' lawyers about the royalties they didn't want to pay (they paid).
Matrix founding creators are behind "one of 10 of the best (radios) around the world", per The Guardian.
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