Bio:
A relação com a cultura e a educação começou cedo na vida de Arany Santana. Natural de Amargosa - BA, seu pai foi marceneiro e músico da filarmônica da cidade, e sua mãe, costureira, fazia as roupas dos ternos de reis. Arany e sua família migraram para Salvador após o golpe militar de 1964, quando ficaram visados em sua cidade natal devido às reuniões de artistas e intelectuais que aconteciam em sua casa.
Cidadã soteropolitana por mérito e reconhecimento, cursou o ensino médio no Colégio Central e foi ativa na revolução estudantil que acontecia na cidade. Saiu do movimento estudantil e se formou em Letras no ano de 1974, indo ensinar em Castro Alves, no interior da Bahia. Como educadora, seu foco sempre esteve na alfabetização de adultos iletrados, além de ensinar cultura africana e atuar como arte-educadora.
Filha dos ventos, sob a proteção de Iansã, é especialista em Língua e Cultura Kikóongo e em História da África e possui um histórico atrelado à cultura e militância étnica que resiste há anos. No ano de 1974, junto a amigos que conheceu na sua adolescência no bairro de São Caetano, Arany participa da história da fundação do Ilê Aiyê, o movimento negro mais antigo do Brasil, e onde permaneceu diretora durante muitos anos. Em 1978 ajudou a fundar o Movimento Negro Contra a Discriminação Racial (hoje Movimento Negro Unificado), teve o prazer de lavrar a ata de fundação junto a nomes como Abdias do Nascimento e Lélia Gonzalez.
"Nunca deixei de militar, de ir para o enfrentamento. Fizemos tantas coisas quando não se tinha acesso a tantas facilidades como se tem hoje. E a cultura realmente foi a salvação de tudo isso, a cultura sempre esteve em primeiro lugar na minha vida", reflete a secretária.
Como atriz, Arany estudou na Escola de Teatro da UFBA, ainda aluna participou de diversas peças de teatro e do filme "A Idade da Terra", do cineasta Glauber Rocha, com quem fez a sua estreia no cinema. Também tem no currículo filmes como Capitães da Areia, de Cecília Amado, Pau Brasil, de Fernando Belens, Jardim das Folhas Sagradas, de Pola Ribeiro, e A Guerra de Canudos, de Sérgio Rezende
O reconhecimento da trajetória de Arany na militância, cultura, artes e educação a levou para os caminhos da gestão pública. No ano de 2003, foi convidada pela prefeitura de Salvador para assumir a nova Secretaria Municipal da Reparação, papel que exerceu durante 01 ano. No ano de 2010, esteve à frente da Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza do Estado da Bahia. Entre os anos de 2011 e 2017, foi diretora do Centro de Culturas Populares e Identitárias (CCPI), dando vez e voz às manifestações tradicionais e culturas de todo o estado, além de implantar um importante trabalho de dinamização do Pelourinho. Também esteve conselheira de cultura do Estado da Bahia no período de 2014-2017. Em 02 de outubro de 2017, toma posse da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia, se tornando a primeira mulher a assumir a pasta, a pedido do governador Rui Costa, com o propósito de dar continuidade ao trabalho de democratização da cultura por todo o estado.
The Recôncavo is an almost invisible center-of-gravity. Circumscribing the Bay of All Saints, this region was landing for more enslaved human beings than any other such throughout all of human history. Not unrelated, it is also birthplace of some of the most physically & spiritually uplifting music ever made. —Sparrow
"Dear Sparrow: I am thrilled to receive your email! Thank you for including me in this wonderful matrix."
—Susan Rogers: Personal recording engineer for Prince, inc. "Purple Rain", "Sign o' the Times", "Around the World in a Day"... Director of the Berklee Music Perception and Cognition Laboratory
I'm Pardal here in Brazil (that's "Sparrow" in English). The deep roots of this project are in Manhattan, where Allen Klein (managed the Beatles and The Rolling Stones) called me about royalties for the estate of Sam Cooke... where Jerry Ragovoy (co-wrote Time is On My Side, sung by the Stones; Piece of My Heart, Janis Joplin of course; and Pata Pata, sung by the great Miriam Makeba) called me looking for unpaid royalties... where I did contract and licensing for Carlinhos Brown's participation on Bahia Black with Wayne Shorter and Herbie Hancock...
...where I rescued unpaid royalties for Aretha Franklin (from Atlantic Records), Barbra Streisand (from CBS Records), Led Zeppelin, Mongo Santamaria, Gilberto Gil, Astrud Gilberto, Airto Moreira, Jim Hall, Wah Wah Watson (Melvin Ragin), Ray Barretto, Philip Glass, Clement "Sir Coxsone" Dodd for his interest in Bob Marley compositions, Cat Stevens/Yusuf Islam and others...
...where I worked with Earl "Speedo" Carroll of the Cadillacs (who went from doo-wopping as a kid on Harlem streetcorners to top of the charts to working as a janitor at P.S. 87 in Manhattan without ever losing what it was that made him special in the first place), and with Jake and Zeke Carey of The Flamingos (I Only Have Eyes for You)... stuff like that.
Yeah this is Bob's first record contract, made with Clement "Sir Coxsone" Dodd of Studio One and co-signed by his aunt because he was under 21. I took it to Black Rock to argue with CBS' lawyers about the royalties they didn't want to pay. They paid.
MATRIX MUSICAL
The Matrix was built below among some of the world's most powerfully moving music, some of it made by people barely known beyond village borders. Or in the case of Sodré, his anthem A MASSA — a paean to Brazil's poor ("our pain is the pain of a timid boy, a calf stepped on...") — having blasted from every radio between the Amazon and Brazil's industrial south, before he was silenced. (that's me left, with David Dye & Kim Junod for U.S. National Public Radio) ... The Matrix started with Sodré, with João do Boi, with Roberto Mendes, with Bule Bule, with Roque Ferreira... music rooted in the sugarcane plantations of Bahia. Hence our logo (a cane cutter).