Bio:
Nascido Francisco César Gonçalves em 26 de janeiro de 1964, no município de Catolé do Rocha, interior da Paraíba, aos dezesseis anos Chico César foi para a capital João Pessoa, onde se formou em jornalismo pela Universidade Federal da Paraíba, ao mesmo tempo em que participava do grupo Jaguaribe Carne, que fazia poesia de vanguarda.
Pouco depois, aos 21 anos, mudou-se para São Paulo. Trabalhando como jornalista e revisor de textos, aperfeiçoou-se em violão, multiplicou suas composições e começou a formar o seu público. Sua carreira artística tem repercussão internacional. A maioria de suas canções são poesias de alto poder de encanto lingüístico.
Em 1991, foi convidado para fazer uma turnê pela Alemanha, e o sucesso o animou a deixar o jornalismo para dedicar-se somente à música. Formou a banda Cuscuz Clã (que seria o nome de seu segundo álbum), e passou então a se apresentar na casa noturna paulistana Blen Blen Club.
Em 1995 lançava o primeiro CD “Aos Vivos” (Velas), acústico e ao vivo, com participações de Lenine e o lendário Lany Gordin. Em 1996 veio o sucesso nacional e internacional através do segundo álbum, “Cuscuz Clã” (MZA/PolyGram), produzido por Marco Mazzola. No terceiro CD, “Beleza Mano”, mergulhou na cultura negra com participações do zairense Lokua Kanza, coral negro da Família Alcântara, os rappers Thaíde e DJ Hum, Paulo Moura, entre outros. “Mama Mundi”, de 2000, mostra sua qualidade de intérprete num trabalho repleto de canções e referências ao som que se faz, tanto no interior do Brasil como em diversas partes do mundo.
Em junho de 2002 seu quinto CD, o “Respeitem Meus Cabelos, Brancos” (isso mesmo, com vírgula!), que ele define como um trabalho nômade. Com produção assinada pelo inglês Will Mowat, o álbum começou a ser pré-produzido em Londres, onde registrou participações especialíssimas de Nina Miranda e Chris Franck, integrantes da banda Smoke City (hype na Europa que difunde por lá a New Bossa, versão mais moderna da velha e boa Bossa Nova). De lá, Chico e Mowatt foram a Recife registrar o suingue de Naná Vasconcelos. Foram a Salvador buscando a marcação de Carlinhos Brown. Em João Pessoa, eles registraram o som da Metalúrgica Filipéia e do Quinteto Brassil. Até que, finalmente chegaram a São Paulo, onde o CD foi inteiramente concluído.
Em novembro de 2005, o sexto CD de sua carreira, ”De uns tempos pra cá”, pela gravadora Biscoito Fino. Com 12 faixas, traz canções autorais compostas por Chico desde a década de 80, num formato camerístico com o Quinteto da Paraíba: dois violinos (Yerko Tabilo e Ronedilk Dantas), uma viola (Samuel Spinoza), um violoncelo (Raiff Dantas) e um baixo acústico (Xisto Medeiros). Um ano depois o DVD, Cantos e Encontros de uns tempos pra cá, gravado durante show no Auditório do Ibirapuera.
Em 2008 surge “Francisco Forró y Frevo”, um mergulho do artista no espírito das duas principais festas populares nordestinas (o Carnaval e os festejos juninos), para criar um disco alegre em que o foco se encontra na força dos ritmos que animam essas festas: o frevo e o forró. E ainda no diálogo que esses ritmos têm naturalmente com “beats” universais. Por exemplo: o xote com o reggae, o frevo e o arrasta-pé com o ska… No que se refere especificamente ao frevo, uma novidade: a junção da linguagem das orquestras de metais de Pernambuco com a guitarra baiana dos trios elétricos da Salvador dos anos 70, em que a folia estava sob o comando da clássica dupla Dodô e Osmar.
No ano de 2012, uma celebração: sai o DVD “Aos Vivos Agora”. Com ele, uma nova versão do CD e também o vinil.
Em 2015 Chico César lança “Estado de Poesia”, seu primeiro disco de inéditas em oito anos.
“Estado de Poesia” (Natura Musical) é um disco que une a riqueza dos ritmos brasileiros à sonoridade universal. Num mesmo álbum, samba, forró, frevo, toada e reggae se misturam e dão vida ao novo trabalho de Chico César.
Chico César venceu a 29ª edição do Prêmio da Música Brasileira 2018 na categoria melhor álbum de “Pop/Rock/ Reggae/ Hiphop/ Funk com o disco “Estado de Poesia – Ao Vivo, lançado em DVD + CD, em 2017, pela Deck.
Já em 2019, chega o novo trabalho, um comentário robusto de suas vivências político-sociais, no convulsionado momento brasileiro dos últimos anos. Todas as 13 faixas de “O Amor É um Ato Revolucionário”, letra e música, são assinadas apenas por Chico César. Gravado entre abril e junho de 2019, nos estúdios Gargolândia (SP), Casa do Mato (RJ), Space Blues (SP) e Etéreo das Recordações de Chita (SP), o álbum tem produção de André Kbelo Sangiacomo e do próprio Chico César, que assina a direção com Helinho Medeiros, pianista de seu grupo. Exceções são as faixas “History” (produzida e arranjada por Márcio Arantes), “Pedrada” (produzida e arranjada por Eduardo Bid) e “Eu Quero Quebrar”, que (além da leitura de Chico e banda) ganhou uma versão bônus produzida por André Abujamra. O disco traz alguns convidados: a adolescente paraibana Agnes Nunes (com quem divide os vocais em “De Peito Aberto”), a jovem cantautora pernambucana Flaira Ferro (em “Cruviana”) e o guitarrista paulistano Luiz Carlini (na música “O Amor é um Ato Revolucionário”, com um longo improviso em que até cita seu mitológico solo na primeira gravação de “Ovelha Negra” com Rita Lee e Tutti Frutti).
The Recôncavo is an almost invisible center-of-gravity. Circumscribing the Bay of All Saints, this region was landing for more enslaved human beings than any other such throughout all of human history. Not unrelated, it is also birthplace of some of the most physically & spiritually uplifting music ever made. —Sparrow
"Dear Sparrow: I am thrilled to receive your email! Thank you for including me in this wonderful matrix."
—Susan Rogers: Personal recording engineer for Prince, inc. "Purple Rain", "Sign o' the Times", "Around the World in a Day"... Director of the Berklee Music Perception and Cognition Laboratory
I'm Pardal here in Brazil (that's "Sparrow" in English). The deep roots of this project are in Manhattan, where Allen Klein (managed the Beatles and The Rolling Stones) called me about royalties for the estate of Sam Cooke... where Jerry Ragovoy (co-wrote Time is On My Side, sung by the Stones; Piece of My Heart, Janis Joplin of course; and Pata Pata, sung by the great Miriam Makeba) called me looking for unpaid royalties... where I did contract and licensing for Carlinhos Brown's participation on Bahia Black with Wayne Shorter and Herbie Hancock...
...where I rescued unpaid royalties for Aretha Franklin (from Atlantic Records), Barbra Streisand (from CBS Records), Led Zeppelin, Mongo Santamaria, Gilberto Gil, Astrud Gilberto, Airto Moreira, Jim Hall, Wah Wah Watson (Melvin Ragin), Ray Barretto, Philip Glass, Clement "Sir Coxsone" Dodd for his interest in Bob Marley compositions, Cat Stevens/Yusuf Islam and others...
...where I worked with Earl "Speedo" Carroll of the Cadillacs (who went from doo-wopping as a kid on Harlem streetcorners to top of the charts to working as a janitor at P.S. 87 in Manhattan without ever losing what it was that made him special in the first place), and with Jake and Zeke Carey of The Flamingos (I Only Have Eyes for You)... stuff like that.
Yeah this is Bob's first record contract, made with Clement "Sir Coxsone" Dodd of Studio One and co-signed by his aunt because he was under 21. I took it to Black Rock to argue with CBS' lawyers about the royalties they didn't want to pay. They paid.
MATRIX MUSICAL
The Matrix was built below among some of the world's most powerfully moving music, some of it made by people barely known beyond village borders. Or in the case of Sodré, his anthem A MASSA — a paean to Brazil's poor ("our pain is the pain of a timid boy, a calf stepped on...") — having blasted from every radio between the Amazon and Brazil's industrial south, before he was silenced. (that's me left, with David Dye & Kim Junod for U.S. National Public Radio) ... The Matrix started with Sodré, with João do Boi, with Roberto Mendes, with Bule Bule, with Roque Ferreira... music rooted in the sugarcane plantations of Bahia. Hence our logo (a cane cutter).