Bio:
Nascido em 11 de outubro de 1936 em Irará/Bahia numa família de classe média, economicamente favorecida quando seu pai, comerciante de Irará, tirou a “sorte grande” da loteria federal, Tom Zé passou a infância em sua cidade, no Recôncavo baiano. Menciona que sua infância foi vivida na Idade Média nua e crua, representada, naquele mundão perdido de tudo, por relações familiares e religiosas medievais, complementadas pela situação pré-gutenberguiana na qual o alfabeto fonético inventado pelos fenícios não era conhecido nem praticado – exceto por raras famílias. Era uma vida cultural forte, musical, intensa, para aqueles analfabetos que amavam a cultura dos avós e viviam praticando-a em termos próprios – conforme Euclides da Cunha (“Os Sertões”).
Em Salvador, no curso secundário, se interessou por música e cursou por seis anos a Universidade de Música da Bahia, depois de ter passado em primeiro lugar no vestibular. Essa escola excepcional contava com professores como Ernst Widmer, Walter Smetak e Hans Joachim Koellreutter.
Ainda em Salvador, participou do espetáculo “Nós, Por Exemplo”, no Teatro Castro Alves. Já em São Paulo, participa de “Arena Canta Bahia”, musical dirigido por Augusto Boal, e da gravação do disco definidor do Tropicalismo, “Tropicália ou Panis et Circensis”, em 1968.
No mesmo ano leva o primeiro lugar no IV Festival de Música Popular Brasileira, da TV Record, com a canção “São São Paulo, Meu Amor”. Grava seu primeiro disco, “Tom Zé – Grande Liquidação”, que tematiza a vida urbana brasileira em música e texto renovadores.
Em 1973 lança “Todos os Olhos”, cuja ousadia, só assimilada por crítica e público muito tempo depois, o afastou dos meios de comunicação “mas me fez escutado pelos melhores ouvidos do País” – diz o artista.
Lança o disco “Estudando o Samba” em 1976, recebido então com certa perplexidade, por sua ousadia formal.
Casualmente no final dos anos 80 o disco “Estudando o Samba” foi ouvido pelo multiartista David Byrne, ex-Talking Heads, que perguntou por telefone a Arto Lindsay: “- Que país é esse, que tem um artista assim e que tão poucos conhecem?” e lançou sua obra nos Estados Unidos, com total sucesso de crítica e público.
A compilação ‘The Best of Tom Zé”, da gravadora de Byrne, foi o único álbum brasileiro a figurar entre os dez discos mais importantes da década nos E.U.A. Tom Zé passou a ser mais ouvido no Brasil e seu extraordinário desempenho no palco repercutiu no País e nas turnês européias e americanas. Em Londres por exemplo, no Barbican Festival, foi o sucesso de público do festival que contou com Stockhausen, Werner Herzog e Enio Morricone.
Recebeu o Prêmio de Criatividade concedido pelos compositores do festival Composer to Composer, em Telluride, E.U.A., 1990.
Compôs “Parabelo” para o Grupo Corpo, com José Miguel Wisnik em 1997.
Em 1998 lançou “Com Defeito de Fabricação”, disco que fala sobre o homem do Terceiro Mundo, listado entre os dez mais importantes do ano pelo The New York Times.
No mesmo ano ganhou o prêmio da APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte).
É tema de três documentários, premiados:
“Tom Zé, ou Quem Irá Colocar Uma Dinamite na Cabeça do Século?”, por Carla Gallo (2000);
“Fabricando Tom Zé”, por Décio Matos Júnior (2006);
“Tom Zé – Astronauta Libertado”, por Igor Iglesias, cineasta espanhol (2009).
Compôs “Santagustin” para o Grupo Corpo (2002).
Prêmio Shell pelo conjunto da obra – 2003.
Artista do Ano – Revista Bravo, 2006.
Escreveu os livros “Tropicalista Lenta Luta” (Publifolha, 2003),
“Ilha Deserta – Discos” (Publifolha – 2003), “Cidades do Brasil – Salvador” (Publifolha, 2006).
Lançou em 2010 pela Biscoito Fino, o CD e DVD “O Pirulito da Ciência”, com produção de Charles Gavin.
O disco “Todos os Olhos” foi relançado em vinil no mesmo ano.
Em outubro, a Luaka Bop lançou, nos EUA a antologia/box em vinil, intitulada “Studies of Tom Zé – Explaining Things So I Can Confuse You (Tô te explicando pra te confundir).”
No dia 7 de dezembro, no Palácio dos Bandeirantes, o Governo do Estado de São Paulo concede a Tom Zé o “Prêmio Governador do Estado – Destaque em Música no ano de 2010”.
Em 2013 lança “Tribunal do Feicebuqui”, em formato digital para download, lançado em vinil compacto duplo no mesmo ano.
"Dear Sparrow: I am thrilled to receive your email! Thank you for including me in this wonderful matrix."
—Susan Rogers (BOSTON): Director of the Berklee Music Perception and Cognition Laboratory ... Former personal recording engineer for Prince; recorded "Purple Rain", "Sign o' the Times", "Around the World in a Day"
Conceived under a Spiritus Mundi ranging from the quilombos and senzalas of Cachoeira and Santo Amaro to Havana and the provinces of Cuba to the wards of New Orleans to the South Side of Chicago to the sidewalks of Harlem to the townships of South Africa to the villages of Ireland to the Roma camps of France and Belgium to the Vienna of Beethoven to the shtetls of Eastern Europe...*
*...in conversation with Raymundo Sodré, who summed up the irony in this sequence by opining for the ages: "Where there's misery, there's music!" Thus A Massa, anthem for the trod-upon folk of Brazil, which blasted from every radio between the Amazon and Brazil's industrial south until Sodré was silenced, threatened with death and forced into exile...
And thus a platform whereupon all creators tend to accessible proximity to all other creators, irrespective of degree of fame, location, or the censor.
Matrix Ground Zero is the Recôncavo, bewitching and bewitched, contouring the resplendent Bay of All Saints (end of clip below, before credits), absolute center of terrestrial gravity for the disembarkation of enslaved human beings (and for the sublimity these people created), the bay presided over by Brazil's ineffable Black Rome (seat of the Integrated Global Creative Economy* and where Bule Bule is seated below, around the corner from where we built this matrix as an extension of our record shop).
("Black Rome" is an appellation per Caetano, via Mãe Aninha of Ilê Axé Opô Afonjá.)
*Darius Mans holds a Ph.D. in Economics from MIT, and lives between Washington D.C. and Salvador da Bahia.
Between 2000 and 2004 he served as the World Bank’s Country Director for Mozambique and Angola. In that capacity, Darius led a team which generated $150 million in annual lending to Mozambique, including support for public private partnerships in infrastructure which catalyzed over $1 billion in private investment.
Darius was an economist with the Board of Governors of the Federal Reserve System, where he worked closely with the U.S. Treasury and the IMF to establish a framework to avoid debt repudiation and to restructure private commercial debt in Brazil and Chile.
He taught Economics at the University of Maryland and was a consultant to KPMG on infrastructure projects in Latin America.
I'm Pardal here in Brazil (that's "Sparrow" in English). The deep roots of this project are in Manhattan, where Allen Klein (managed the Beatles and The Rolling Stones) called me about royalties for the estate of Sam Cooke... where Jerry Ragovoy (co-wrote Time is On My Side, sung by the Stones; Piece of My Heart, Janis Joplin of course; and Pata Pata, sung by the great Miriam Makeba) called me looking for unpaid royalties... where I did contract and licensing for Carlinhos Brown's participation on Bahia Black with Wayne Shorter and Herbie Hancock...
...where I rescued unpaid royalties for Aretha Franklin (from Atlantic Records), Barbra Streisand (from CBS Records), Led Zeppelin, Mongo Santamaria, Gilberto Gil, Astrud Gilberto, Airto Moreira, Jim Hall, Wah Wah Watson (Melvin Ragin), Ray Barretto, Philip Glass, Clement "Sir Coxsone" Dodd for his interest in Bob Marley compositions, Cat Stevens/Yusuf Islam and others...
...where I worked with Earl "Speedo" Carroll of the Cadillacs (who went from doo-wopping as a kid on Harlem streetcorners to top of the charts to working as a janitor at P.S. 87 in Manhattan without ever losing what it was that made him special in the first place), and with Jake and Zeke Carey of The Flamingos (I Only Have Eyes for You)... stuff like that.
Yeah this is Bob's first record contract, made with Clement "Sir Coxsone" Dodd of Studio One and co-signed by his aunt because he was under 21. I took it to Black Rock to argue with CBS' lawyers about the royalties they didn't want to pay (they paid).