CULTNE - Websérie Cinema de Terreiro - Episódio: Herança e Ancestralidade

Go to → Urânia Munzanzu
No episódio Herança e Ancestralidade a websérie Cinema de Terreiro ouve três mulheres diretoras: Silvana Moura, Gabriela Barreto e Urânia Munzanzu. Os seus filmes se misturam com suas experiências na capoeira e no candomblé vastamente representados e, muitas vezes, questionados nas obras feitas na Bahia. Um marco desta inquietude é a Sociedade de Estudos da Cultura Negra no Brasil (SECNEB), coordenada por Mestre Didi Asipá, que o permitiu estimular e dar a palavra final em produções como o documentário Egungun (1982). Silvana Moura discorre como reconectou com sua ancestralidade, e viu na realização uma forma de contribuir com as memórias dos mais velhos no documentário Alápini - A Herança Ancestral de Mestre Didi Asipá (2017), e na série Àgbára Dúdú: Narrativas Negras (2020). Já Gabriela Barreto começa a trabalhar cedo nos sets. É influenciada pelos círculos do cineclubismo e do cinema baiano, até encontrar nas rodas de samba e capoeira os lastros da sua ancestralidade. Assim, dirige curtas-metragens como, Umbigada (2008), A Capoeiragem de um Mestre e seu bando anunciador (2009) e Mestre Felipe e a Faca de Ticum (2010). Também se dedica à publicidade até assinar o seu primeiro longa, Memórias Afro Atlânticas (2019), sobre a passagem de Lorenzo Turner na Bahia. A terceira convidada, Urânia Munzanzu, tem ancestralidade entrelaçada à herança de uma família de axé e batucadas no Centro de Salvador. Foi nestas ruas que recebeu a missão de começar o primeiro filme com mulheres vítimas do crack, O Primeiro Beijo, em finalização após mais de uma década de iniciado. Já o curta Merê: (2018) partiu da necessidade da sua vivência Jeje-Maí restabelecer pontes em Salvador, Cachoeira e no Benin, na África. Urânia também está no cerne de criação da Frente Marginal de Artes Negras, e assina as recentes produções audiovisuais de Lazzo Matumbi.
Posted June 16, 2022
click to rate

162 views