Edu Lobo
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by Matrix
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Name:
Edu Lobo
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City/Place:
Rio de Janeiro
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Country:
Brazil
Life & Work
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Bio:
A casa fica numa encosta aprazível em um bairro carioca. É cercada por uma floresta densa e silenciosa. Do alto, ainda dá para se ver o mar, apesar do paliteiro de prédios mais abaixo. No jardim corre Barney, o Border Collie, que tem um olhar profundo e terno, provavelmente adquirido pela convivência com o dono. No segundo andar, o estúdio. O piano de cauda junto à janela, nas prateleiras muitos livros e muitos CDs, estes cuidadosamente arrumados em ordem alfabética. Espalhados pelo ambiente, porta retratos mostram os pais, os filhos, os netos. É nesta casa que mora um dos mais importantes compositores brasileiros, violonista, arranjador, orquestrador e dono de um timbre de voz grave que é só dele.
No dia 29 de agosto de 1943, nascia no Rio de Janeiro Eduardo de Góes Lobo, ou melhor, Edu Lobo. E foi Vinicius de Moraes quem, no começo da carreira do jovem músico, encurtou o assunto, é Edu e pronto! Filho do compositor Fernando Lobo, Edu passava as férias escolares em Recife, na casa da família do pai. Por isso os ritmos nordestinos têm grande influência na música de Edu Lobo.
Aos 14 anos já arranhava algumas composições. Depois se interessou pelo violão, que começou a praticar com seu amigo de infância, o compositor Theo de Barros. Mais tarde, foi estudar teoria musical com Wilma Graça e, em 1961, começou a frequentar shows da nova geração musical, como João Gilberto, Sergio Mendes e o Tamba Trio, de Luiz Eça. Neste mesmo ano conhece Vinicius de Moraes, que faz a letra de “Só me fez bem”, que veio a ser gravada mais tarde, em 1967, no LP Edu Lobo e Maria Bethania. Nesta mesma época, formou com Dori Caymmi e Marcos Valle um grupo que chegou a atuar em shows e na televisão.
Fernando Lobo incentivou o filho a gravar seu primeiro disco, um compacto duplo que teve na contracapa um texto de Vinicius, novo parceiro de Edu. Edu procurou, então, enriquecer suas composições com temas e ritmos da cultura popular, sendo bastante influenciado por compositores como Sergio Ricardo, João do Vale, Carlos Lyra e Rui Guerra, entre outros. E começou a escrever para teatro em 1963. Algumas destas músicas obtiveram grande sucesso, como “Chegança”, em parceria com Oduvaldo Viana Filho. “Borandá”, esta com música e letra de Edu, foi incluída na peça Opinião, em 1964. Em 1965, a canção “Zambi”, em parceria com Vinicius de Moraes, deu origem ao musical Arena conta Zambi, de Gianfrancesco Guarnieri e Augusto Boal, com música de Edu Lobo. “Upa Neguinho”, canção deste espetáculo, e interpretada por Elis Regina, se tornou um grande sucesso.
Neste mesmo ano, Edu se inscreve no I Festival da Música Popular Brasileira com duas músicas: “Aleluia” (em parceria com Rui Guerra) e “Arrastão”, esta com letra de Vinicius de Moraes. “Arrastão”, interpretada por Elis Regina, foi a vencedora. Este prêmio fez com que Edu Lobo fosse conhecido no país inteiro e reconhecido como um dos mais importantes compositores da geração surgida depois da Bossa Nova.
Em 1966, já contratado pela TV Record de São Paulo, Edu participou mais uma vez do II FMPB e foi um dos finalistas do I FIC, da TV Globo, com a canção “Canto Triste”, mais uma parceria com Vinicius de Moraes e interpretada por Elis Regina. Ainda em 1966 excursionou pela Europa, gravando um disco na Alemanha, juntamente com Sylvia Telles e o Salvador Trio. Já de volta ao Brasil em 1967, é vencedor do III FMPB com “Ponteio” (em parceria com Capinan), interpretada por ele e Marilia Medalha.
Em 1968 lança seu terceiro LP, onde se destacava o frevo “No Cordão da Saideira”. Em 1969, depois de se casar com a cantora Wanda Sá, Edu vai para Los Angeles, onde fixou residência por dois anos, se dedicando ao estudo da música, tendo feito cursos de orquestração com Albert Harris e de música para cinema com Lalo Schiffrin.
Em 1971, produziu o LP Lobo, gravado em Los Angeles e lançado pela A&M Records. Gravou com o saxofonista Paul Desmond o disco From the hot afternoon, com composições suas e de Milton Nascimento. Dos discos feitos nos Estados Unidos, somente o LP Cantiga de Longe foi lançado no Brasil. Este projeto teve a participação de Hermeto Pascoal, Airto Moreira, Claudio Slon e Wanda Sá, mulher de Edu na época.
De volta ao Brasil, fez orquestrações e composições para trilhas de filmes e de peças teatrais. Em 1973 lança o LP Edu Lobo pela EMI com músicas inéditas. Neste ano faz orquestrações para músicas da peça Calabar, ou o elogio da Traição, de Chico Buarque e Rui Guerra.
Nos anos de 1974 e 1975 foi contratado pela TV Globo para ser o responsável pela trilha musical de 12 programas da série Casos Especiais. Ainda em 1975, compôs, em parceria com Vinicius de Moraes, a trilha sonora da peça Deus lhe Pague, de Joracy Camargo, com adaptação de Millor Fernandes. Em seguida, Edu lança o disco com as canções desta peça, com produção de Aloysio de Oliveira.
No ano seguinte, pela Continental, lançou o LP Limite das águas. Em 1977 fez tourné por toda a Alemanha promovendo este disco, lançado no exterior pela gravadora MPS.
Um ano depois, gravou o LP Camaleão, lançado no Brasil e no Japão, onde, pela primeira vez, interpretou, com letra de Ferreira Gullar, “O Trenzinho do Caipira”, de Heitor Villa-Lobos (adaptado e orquestrado por ele e por Dori Caymmi). Em 1979 compôs a trilha sonora do filme Barra Pesada, de Reginaldo Farias, ganhando prêmio no Festival de Gramado. Em 1980, após lançar o LP Tempo Presente, pela Polygram, escreveu e compôs o balé Jogos de Dança para o Teatro Guaíra, de Curitiba, lançado em disco no ano seguinte pela Som Livre.
Em 1981, em parceria com Tom Jobim lançou o LP Edu&Tom, Tom&Edu, produzido por Aloysio de Oliveira. Em 1983, em parceria com Chico Buarque, compôs trilha sonora para o balé O Grande Circo Místico, adaptação de Naum Alves de Souza do poema homônimo de Jorge de Lima e que daria origem a um LP lançado pela Som Livre com a participação de Gal Costa, Tom Jobim, Gilberto Gil, Milton Nascimento, Tim Maia e Zizi Possi, entre outros. As orquestrações foram feitas, com a colaboração do autor, pelo maestro Chiquinho De Moraes.
A parceria com Chico Buarque se repetiria com composições para as peças O Corsário do Rei, de Augusto Boal, de 1985, e Dança da Meia-Lua, com roteiro de Chico Buarque e Ferreira Gullar. Ambas as trilhas foram lançadas em disco pela Som Livre. Em 1984 escreveu a trilha sonora dos filmes O Cavalinho Azul, de Eduardo Escorel, e Imagens do Inconsciente, de Leon Hirszman. Compôs em 1990 a trilha sonora do programa infantil Rá-Tim-Bum, da TV Cultura de São Paulo, lançada posteriormente em CD pela gravadora Eldorado. Este disco ganhou dois
prêmios Sharp.
Em 1992, Edu voltou a se apresentar em shows que obtiveram grande repercussão, o que o levou a gravar um novo disco de intérprete: Currupião, lançado em CD pela gravadora Velas.
Em 1994 recebeu o Prêmio Shell de melhor compositor de música brasileira, pelo conjunto da obra. Lançou em 1995 o CD Meia Noite, com arranjos e cordas orquestradas por Cristóvão Bastos e que traz um choro instrumental em homenagem a Tom Jobim: “Perambulando”. O disco recebeu o prêmio Sharp como melhor Álbum de Música Popular Brasileira. Neste ano, foi lançado o CD Songbook Edu Lobo (duplo), bem como o Songbook, livro de partituras manuscritas pelo próprio Edu, ambos pela editora e gravadora Lumiar, de Almir Chediak. Em 1997 compôs a trilha sonora para o filme Guerra de Canudos, de Sergio Resende, cuja canção tema tinha letra de Cacaso. Neste mesmo ano lança pela gravadora BMG o CD Álbum de Teatro, reunindo canções para peças teatrais compostas em parceria com Chico Buarque. Dedica-se ao estudo de programas de música no computador e começa a preparar um novo songbook, desta vez bem mais completo (com aproximadamente 120 músicas) e que foi lançado pela editora Edições de Janeiro em 2015.
Em 2001 retoma a parceria com Chico Buarque, compondo as canções da peça teatral Cambaio, de João Falcão e Adriana Falcão. Em seguida produz o CD homônimo para a gravadora BMG, com a participação de Zizi Possi e Gal Costa dividindo a interpretação das canções com Chico Buarque, e com orquestrações de Chiquinho de Moraes. Este disco recebeu em 2002 o Latin Grammy de Melhor Álbum de MPB.
Ainda em 2001, Edu Lobo compôs a trilha sonora, com orquestrações de Nelson Ayres, do filme O Xangô de Baker Street, de Miguel Faria, baseado em livro de Jô Soares. Em seguida viaja para Israel e participa com Nelson Ayres e Jane Duboc de um concerto de música brasileira, “Sounds of Brazil”, com a Orquestra Filarmônica de Israel, no dia 15 de maio de 2001, no Frederic R. Mann Auditorium, em Tel-Aviv.
Em 2004 e 2005, Edu reconquista o prazer de cantar em público. Percorreu o país em shows com sua banda e em Lisboa levantou a plateia do Centro Cultural de Belém.
Em 2007, é lançado em DVD, pela Biscoito Fino, o documentário Vento Bravo, com direção e roteiro de Regina Zappa e Beatriz Thielmann. Entremeando composições de Edu com depoimentos dele e de músicos, jornalistas, amigos e dos filhos, o documentário traça um pouco da história musical do compositor.
Em 2010, lança o CD Tantas Marés pela Biscoito Fino, depois de um longo intervalo sem lançar discos, e trazendo a composição inédita “Tantas marés”.
Em 2011, compõe a trilha para o filme Não se preocupe, nada vai dar certo, de Hugo Carvana. Neste mesmo ano, Edu Lobo é convidado para um concerto em Amsterdam com a orquestra holandesa Metropole Orkest, sob a regência de Jules Buckley. Edu convida Gilson Peranzzetta (piano e arranjos) e Mauro Senise (sax e flauta) para fazerem uma participação especial no espetáculo. Em 2013, a Biscoito Fino lança o CD Metropole Orkest convida Edu Lobo, com este concerto gravado ao vivo. O CD recebe o Prêmio da Música Brasileira como Melhor Álbum de MPB.
Em 2012, Edu se apresenta no Palácio das Artes, em Belo Horizonte, para uma plateia de mais de 1.600 pessoas. E em 2013, compõe um tango que serviu de tema para a trilha criada por Cristóvão Bastos para a peça Deixe que eu te ame, de Alcione Araújo.
Em 2013, Edu Lobo comemora seus 70 anos de vida com um grande espetáculo no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, tendo as participações especiais de Chico Buarque, Maria Bethânia, Bena Lobo e Mônica Samaso. Uma orquestra de cordas e o grupo de Edu, formado por Cristóvão Bastos (direção musical, arranjos e piano), Carlos Malta (sax e flauta), Lula Galvão (violão), Jorge Helder (contrabaixo), Jurim Moreira (bateria) e Mingo Araújo (percussão), participaram da festa. O concerto foi gravado ao vivo e lançado em DVD pela Biscoito Fino.
Em 2016, se apresenta na Sala Minas Gerais, em Belo Horizonte, durante o Savassi Festival, em um concerto com a Orquestra Ouro Preto, sob a regência do Maestro Rodrigo Toffolo, tendo como solistas Gilson Peranzzetta ao piano e Mauro Senise no sax e flauta. Neste mesmo ano, Edu faz uma participação especial no CD Todo Sentimento, de Mauro Senise e Romero Lubambo, cantando “Candeias” e “Só me fez bem”. Esta participação foi tão apreciada que os três resolveram gravar um CD juntos, com composições de Edu pouco conhecidas. Surgiu, então, o CD Dos Navegantes – Edu Lobo, Romero Lubambo, Mauro Senise, que ganhou um Latin Grammy 2017 como Melhor Álbum de MPB.
Nos anos 2015, 2016 e 2017, Edu se apresentou em várias capitais brasileiras. Em 2017 ele é um dos vencedores do 15º Prêmio de Arte, Ciência e Cultura da Fundação Conrado Wessel pela sua contribuição à cultura do nosso país.
Em 2018, lança o CD Edu Lobo, Dori Caymmi, Marcos Vale pela Biscoito Fino, onde cada um deles canta duas composições dos outros dois.
Neste mesmo ano grava, com Romero e Mauro, mais um CD, Quase Memória, que será lançado no primeiro semestre de 2019. O novo trabalho mais uma vez reúne composições pouco conhecidas de Edu, como “Terra do Nunca”, gravada apenas uma vez pelo grupo Boca Livre. Ou “Rosinha”, que tem uma levada de bossa nova. E traz a inédita “Silêncio”, com letra de Vinicius de Moraes, e “Peregrina”, que jamais foi gravada.
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The Matrix is a small world network. Like stars coalescing into a galaxy, creators in the Matrix mathematically gravitate to proximity to all other creators in the Matrix, no matter how far apart in location, fame or society. This gravity is called "the small world phenomenon". Our brains contain small world networks. Humanity itself is a small world network, wherein over 8 billion human beings average 6 or fewer steps between any two given people, anywhere. The difference is that in the Matrix, these steps are transitable...
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"In a small world, great things are possible."
It's not which pill you take, it's which pathways you take, pathways originating in the sprawling cultural matrix of Brazil: Indigenous, African, Sephardic and then Ashkenazic, European, Asian... Matrix Ground Zero is the Recôncavo, contouring the Bay of All Saints, earthly center of gravity for the disembarkation of enslaved human beings — and the sublimity they created — presided over by the ineffable Black Rome of Brazil: Salvador da Bahia.
("Black Rome" is an appellation per Caetano Veloso, son of the Recôncavo, via Mãe Aninha of Ilê Axé Opô Afonjá.)
Caetano Veloso
"Dear Sparrow: I am thrilled to receive your email! Thank you for including me in this wonderful matrix."
—Susan Rogers: Personal recording engineer for Prince, inc. "Purple Rain", "Sign o' the Times", "Around the World in a Day"... Director of the Berklee Music Perception and Cognition Laboratory
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Developed here in the Historic Center of Salvador ↓ .
Bule Bule (Assis Valente)
"♫ The time has come for these bronzed people to show their value..."
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Both pulled by the inexorable mathematical gravity of the small world phenomenon to within range of everybody inside.
And by logical extension, to within range of all humanity outside as well.
I'm Pardal here in Brazil (that's "Sparrow" in English). The deep roots of this project are in Manhattan, where Allen Klein (managed the Beatles and The Rolling Stones) called me about royalties for the estate of Sam Cooke... where Jerry Ragovoy (co-wrote Time is On My Side, sung by the Stones; Piece of My Heart, Janis Joplin of course; and Pata Pata, sung by the great Miriam Makeba) called me looking for unpaid royalties... where I did contract and licensing for Carlinhos Brown's participation on Bahia Black with Wayne Shorter and Herbie Hancock...
...where I rescued unpaid royalties for Aretha Franklin (from Atlantic Records), Barbra Streisand (from CBS Records), Led Zeppelin, Mongo Santamaria, Gilberto Gil, Astrud Gilberto, Airto Moreira, Jim Hall, Wah Wah Watson (Melvin Ragin), Ray Barretto, Philip Glass, Clement "Sir Coxsone" Dodd for his interest in Bob Marley compositions, Cat Stevens/Yusuf Islam and others...
...where I worked with Earl "Speedo" Carroll of the Cadillacs (who went from doo-wopping as a kid on Harlem streetcorners to top of the charts to working as a janitor at P.S. 87 in Manhattan without ever losing what it was that made him special in the first place), and with Jake and Zeke Carey of The Flamingos (I Only Have Eyes for You)... stuff like that.
Yeah this is Bob's first record contract, made with Clement "Sir Coxsone" Dodd of Studio One and co-signed by his aunt because he was under 21. I took it to Black Rock to argue with CBS' lawyers about the royalties they didn't want to pay (they paid).
I built the Matrix below (I'm below left, with David Dye & Kim Junod for U.S. National Public Radio) among some of the world's most powerfully moving music, some of it made by people barely known beyond village borders. Or in the case of Sodré, his anthem A MASSA — a paean to Brazil's poor ("our pain is the pain of a timid boy, a calf stepped on...") — having blasted from every radio between the Amazon and Brazil's industrial south, before he was silenced. The Matrix started with Sodré, with João do Boi, with Roberto Mendes, with Bule Bule, with Roque Ferreira... music rooted in the sugarcane plantations of Bahia. Hence our logo (a cane cutter).
Matrix founding creators are behind "one of 10 of the best (radios) around the world", per The Guardian. If you create too, join them in the Matrix.
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